sexta-feira, 17 de julho de 2009

Concertos de Leitura

Penso que, de tudo o que as escolas podem fazer com as crianças e os jovens, não há nada de importância maior que o ensino do prazer da leitura.Todos falam na importãncia de alfabetizar, saber transformar símbolos gráficos em palavras. Concordo. Mas isso não basta.´preciso que o ato de ler dê prazer.As escolas produzem, anualmente, milhares de pessoas com habilidade de ler mas , quevida afora, não vão ler um livro sequer.



tive a felicidade de aprender, muito cedo, a amar os livros. Lembro-me com enorme carinho do O Livro de Lili, primeiro livro que li. ¨Olhem para mim. Eu me chamo Lili. u comi muito doc. Voces gostam de doce?. Eu gosto tanto de doce.¨ Nunca me esqueci dessa primeira lição. Ficou gravada tão fundo dentro de mim que, assim como Rubem Alves eu sinto uma saudade iensa dos meus primeiros anos escolares e da importância que significaram em minha vida.





Ele diz: Aprendi a ler.Mas isso não bastava. Faltava-me o domínio da técnica que faz da leitura algo suave como o voo de um urubu ou deslizante como um patim no gelo.Assim foi com ele. Assim foi comigo.¨Foi d. Iva - não sei se ela ainda vive - quem me ensinou que ler pode ser delicioso como voar ou patinar. la lia pra nós.Não era para aprender nada.Não havia provas sobre os livros lidos. Ela lia para que nós tivéssemos o prazer dos livros. Era pura alegria. Poliana, Heidi, Viagem ao céu, saci. Ninguem faltava, ningue´m piscava A voz de d. Iva nos introduziu num mundo encantado.O tempo pasava rápido demaios. Era com tristeza que víamos a professora fechar o livro.¨





Assim como ele minha primeira professora despertou em mim o prazer na leitura. Lia para nós , não os livros citados por ele. Esses eu li todos, quando já era adolescente. Aminha professora , tia Stella - essa era mesmo minha tia - irmã do meu pai, já não vive mais.Lia pra nós historinhas de Tom e Jerry, Pato Donald, e no final do meu primeiro ano escolar deu-me um livro de histórias de Tom e Jerry. eu já sabia ler.



Assim

Um comentário:

  1. Tropeçavas nos astros desastrada
    Quase não tinhamos livros em casa
    E a cidade não tinha livraria
    Mas os livros que em nossa vida entraram
    São como a radiação de um corpo negro
    Apontando para a expansão do universo
    Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
    (e, sem dúvida, sobretudo o verso)
    É o que pode lançar mundos no mundo.

    Caetano veloso está correto nessa afirmação
    é mesmo lendo que aprendemos a conversar
    a ler e escrever. Aprendemos sobretudo a pensar.

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